sábado, 29 de novembro de 2008

Fundamentação Teórica e Formação do Sistema Educacional.



Relembrando a história da educação brasileira: No século XVI ao XIX.

Período Colonial 1500 - 1808


Durante trezentos anos (1500 -1808), o Brasil foi tratado por Portugal como colônia, servindo como fonte de suprimentos de matéria-prima.

Nesse período, foi proibida a construção e a implantação de escolas em qualquer nível de escolarização, bem como a publicação de jornais e livros, a instalação de bibliotecas, de fábricas, a criação de movimentos culturais e outros que contribuíssem para o livre pensamento.

O controle político e social era realizado pela Santa Inquisição, já o controle econômico ficou sob a responsabilidade das companhias de comercio e navegação, até 1808. Pode se afirmar, assim, que o Brasil cresceu isolado do mundo.
A educação Jesuíta no Brasil.
Os jesuítas fundaram as primeiras escolas de ler e escrever a partir de 1549, sendo que o colégio de São Paulo foi obra de Pedro Anchieta, em 1554. O governo português começou a destinar 10% da arrecadação dos impostos para a manutenção dos colégios jesuítas a partir de 1564. Os professores só eram aptos a ministrar aulas aos 30 anos. Eles recebiam um controle rigoroso na seleção de seus livros, eram isolados do contato com o moderno e deviam conhecer profundamente a Cultura Medieval Europeia. Era necessário também que defendessem os princípios escolásticos, ou seja contra o espírito científico.
A estrutura familiar dos dominadores do poder social era bem definida para área educaciomnal: o primeiro filho bastava saber ler e escrever, porque ele seria o sucessor do pai; o segundo filho frequentaria a universidade, com preferência ao curso de direito e o terceiro seria sacerdote:
As reformas de Marquês de Pombal: _ Pombal na área educacional, pretendia criar as escolas úteis em substituição às escolas da fé , ampliar os conteúdos curriculares estabelecer novos cursos superiores, com destaque para as ciências naturais. Em 28 dejunho de 1759, através de um alvará, Pombal mandou expulsar das terras portuguesas todos os jesuitas.
Assim o setor educacional brasileiro ficou abandonado até 1772 quando, por ordem do rei foi autorizado o funcionamento de "aulas régias," onde eram ensinados: latim, grego, gramática, filosofia, ler e escrever.
Tínhamos um ensino desorganizado e em decadência. No período (1808-1822), com a vinda da família real mantinha-se a tradição de oferecer cultura e educação à eliaristrocrática (ensino superior) enquanto os outros níveis de ensino eram abandonados e/ou desprezados, pois, eram destinados ao povo em geral.
Em 1823 foram criadas algumas escolas no Rio de Janeiro, que passaram a utilizar o método lancaster.
A constituição de 1824, previa no seu art.179 instrução primária gratuita a todos os cidadãos.
A lei de 15 de outubro de 1827 estabelece que era dever do estado cuidar de todos os níveis de ensino. determinava ainda a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades e vilas mais populosas.
Em 1832, foi observado que poucas realizações aconteceram. Através do Ato Adicional de 1834, a constituição estabelece a descentralização das decisões educacionais.Faltaram recursos humanos para o exercício do magistério. A monarquia ficou responsável pelo ensino superior.
As primeiras escolas normais, correspondem aos cursos de professores nível médio, começam a surgir em 1835 (Niterói), 1836 (Salvador),1845 (Fortaleza),1846 (São Paulo) e 1875 (Rio de Janeiro).